Uso do blog como ferramenta para auxiliar o ensino aprendizagem

Na atual contemporaneidade do mundo digital e virtual, no qual estamos inseridos, é notório que o ensino-aprendizagem tende a acompanhar a todas essas diversidades de informações e, bem como suas transformações.

Nesse sentido, os efeitos das mudanças advindas dessa nova realidade nos trazem desafios os quais nos mostram que se torna indispensável a preparação do docente para lidar com o uso dos artefatos digitais como ferramentas metodológicas nas práticas pedagógicas. Nessa direção, o Ministério da Educação, (MEC), afirma que:

A chegada das tecnologias de informação e comunicação (TIC) na escola evidencia desafios e problemas relacionados aos espaços e a os tempos que o uso das tecnologias novas e convencionais provoca nas práticas que ocorrem no cotidiano da escola. Para entendê-los e superá-los é fundamental reconhecer as potencialidades das tecnologias disponíveis e a realidade em que a escola se encontra inserida, identificando as características do trabalho pedagógico que nela se realizam, de seu corpo docente e discente, de sua comunidade interna e externa. (BRASIL, 2003, p.61).

Por esse viés, se torna relevante refletir acerca da importância de se repensar a partir de outras práticas pautadas no ensinar e aprender, visando aliar as tecnologias de informação e comunicação (TIC) as aulas, ao dia a dia, dentro de uma perspectiva de desconstrução do medo, em achar que ela veio para substituir e não contribuir, uma vez que as tecnologias já fazem parte da realidade discentes e docentes e têm a promover novos caminhos nas práticas pedagógicas. Nessa direção, ao se possibilitar novas práticas pedagógicas, uma relevante ferramenta a ser evidenciada nesse cenário é o blog ou weblog.

            Segundo Marcuschi (2004 ) o blog se caracteriza como gênero que:

[...]os blogs funcionam como um diário pessoal na ordem cronológica com anotações diárias ou em tempos regulares que permanecem acessíveis a qualquer um na rede. Muitas vezes, são verdadeiros diários sobre a pessoa, sua família ou seus gostos e seus gatos e cães, atividades, sentimentos, crenças e tudo o que for conversável (Marcuschi, 2004, p. 61).

Em face do exposto, é necessário considerar que o blog, contempla aos que fazem seu uso compartilhar suas vivências diárias, logo possibilita que muitas experiências empíricas localizadas em seu contexto sejam experenciadas por diversas pessoas, pois essa ferramenta propõe tanto interação unidirecional quanto a bidirecional e, por ser de fácil acesso pode ser uma relevante ferramenta na sala de aula.

No que tange a prática docente deve estar aberta as novas concepções, aulas pautadas meramente no quadro e no giz não devem ser abolidas de vez entretanto, o professor que possui alunos nativos digitais, deve se preocupar em dar uma formação aos seus alunos que contemplem a utilização de tecnologias as quais a escola e bem como o contexto ao qual ele está inserido, dispondo ao aluno acessibilidade a cidadania e ao letramento digital.

De acordo com Buzato, define como letramentos digitais:

Letramentos digitais (LDs) são conjuntos de letramentos (práticas sociais) que se apoiam, entrelaçam, e apropriam mútua e continuamente por meio de dispositivos digitais para finalidades específicas, tanto em contextos socioculturais geograficamente e temporalmente limitados, quanto naqueles construídos pela interação mediada eletronicamente. (BUZATO, 2006. p. 7)

Assim, frente a essa nova realidade presente no cotidiano do docente e discente, é significativo conhecer e enfrentar os desafios relacionados aos usos reflexivos no que concerne as práticas de leitura e escrita mediadas por aparatos tecnológicos como o blog.

Em suma, é preciso que os usos das ferramentas tecnológicas sejam feitos de uma forma planejada e, bem como que dialoguem com o âmbito escolar o qual o docente e os discentes estejam inseridos.

Referências:

BUZATO, M. E. K. Letramentos digitais e formação de professores. São Paulo: Porta lEducarede.2006.Disponívelem:<http://www.educarede.org.br/educa/img_conteudo/marcelobuzato.pdf>. Acesso em: 10 de junho de2018.    

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio). Brasília: MEC, 2003.

MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: (Org.). Hipertexto e gêneros digitais: novas formas de construção do sentido. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.